A região oeste do estado de São Paulo está enfrentando um crescimento expressivo nos casos de chikungunya em 2025. De acordo com levantamento divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, já são 50 casos confirmados da doença distribuídos entre 15 municípios da área de abrangência da Região de Saúde de Presidente Prudente.
O município de Sagres lidera em número de casos, com 18 confirmações, e também é o que mais notificou suspeitas da doença até o momento. Embora nenhuma morte tenha sido registrada na região, o cenário acende um sinal de alerta para as autoridades de saúde, que reforçam a necessidade de intensificar as ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da chikungunya, dengue e zika.
Em comparação ao ano anterior, os dados são alarmantes: em todo o ano de 2024, a região oeste havia registrado apenas 5 casos confirmados da doença. O salto em 2025 representa um aumento de 900%.
“O avanço da chikungunya na região evidencia a necessidade urgente de ampliar as ações de vigilância e mobilização da população. É fundamental eliminar focos de água parada para interromper o ciclo do mosquito”, alerta um técnico da Secretaria Estadual de Saúde.
Doença silenciosa e debilitante
A chikungunya é uma arbovirose viral que se manifesta de forma aguda, com febre alta de início repentino e fortes dores nas articulações, que podem persistir por semanas ou até meses. Os principais sintomas incluem:
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Dores musculares e de cabeça
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Náuseas
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Fadiga intensa
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Manchas vermelhas pelo corpo
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Inchaço nas articulações
Em casos mais graves — especialmente em idosos, gestantes e pessoas com doenças pré-existentes — a chikungunya pode evoluir para quadros de inflamações crônicas e complicações neurológicas.
Na fase aguda, o tratamento contra a febre chikungunya é sintomático. Analgésicos e antitérmicos são indicados para aliviar os sintomas. Manter o doente bem hidratado é medida essencial para a recuperação.
Quando a febre desaparece, mas a dor nas articulações persiste, podem ser introduzidos medicamentos anti-inflamatórios e fisioterapia.
Prevenção é a principal arma
Sem vacina disponível na rede pública e sem tratamento antiviral específico, a prevenção continua sendo a estratégia mais eficaz. A Secretaria da Saúde reforça as orientações para que a população elimine criadouros do mosquito, como:
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Pneus expostos à chuva
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Pratos de vasos de plantas
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Caixas d’água sem tampa
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Latas e garrafas deixadas ao ar livre
Mutirões de limpeza, uso de inseticida em áreas críticas e campanhas de conscientização estão sendo intensificados pelos municípios da região. A recomendação é que qualquer pessoa com sintomas suspeitos evite a automedicação e procure atendimento médico imediatamente.
Não existe vacina contra febre chikungunya. Na verdade, a prevenção consiste em adotar medidas simples no próprio domicílio e arredores que ajudem a combater a proliferação do mosquito transmissor da doença