O corpo do piloto Alexandre de Franco Farias, de 52 anos, natural de Presidente Prudente (SP), deve chegar à cidade na terça-feira (9), onde será realizado o velório na Casa de Velório Athia. O sepultamento está previsto acontecer na quarta-feira (10), no Cemitério São João Batista.
Alexandre faleceu na última sexta-feira (4), em um acidente com uma aeronave de pequeno porte que realizava pulverização agrícola na zona rural do município de Capela (SE). A queda aconteceu durante uma operação de rotina, mas, até o momento, as causas do acidente permanecem indeterminadas.
A viúva do piloto já está na cidade onde aconteceu o acidente e deverá realizar o reconhecimento formal do corpo nas próximas horas. Após os trâmites legais, será autorizado o translado para Presidente Prudente, onde amigos e familiares prestarão as últimas homenagens ao piloto.
Piloto experiente e respeitado no setor agrícola
O piloto prudentino, atuava na aviação agrícola há décadas e era reconhecido por sua competência e profissionalismo no setor. Atualmente, integrava a equipe da empresa R Pilau Serviços, responsável pela aeronave envolvida no acidente. Segundo a empresa, ele fazia parte do quadro de pilotos há aproximadamente um ano, mas possuía longa trajetória na aviação rural.
Em nota, a R Pilau destacou a experiência, dedicação e comprometimento de Alexandre com a segurança das operações aéreas e manifestou pesar pela perda do colaborador.
Investigação conduzida pelo CENIPA
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o acidente está sendo investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), órgão responsável por apurar ocorrências aeronáuticas no país. De acordo com a FAB, o processo é complexo e pode se estender por vários meses, uma vez que envolve análise técnica detalhada de fatores operacionais, mecânicos e ambientais.
O comandante do Grupamento Tático Aéreo (GTA) da Polícia Militar de Sergipe, Fernando Góes, afirmou que é prematuro apontar qualquer causa para o acidente neste momento. Segundo ele, apenas a apuração técnica poderá revelar as circunstâncias exatas da queda.
Ainda de acordo com o GTA, o resgate do corpo foi dificultado pela geografia da região, que não oferecia pontos adequados para pouso de aeronaves de emergência. Equipes de salvamento enfrentaram obstáculos logísticos significativos para acessar o local do acidente e realizar a remoção.
Histórico de superação
Não foi a primeira vez que Alexandre se viu diante de um episódio de risco nos ares. Em 2016, ele sobreviveu a um acidente aéreo durante o pouso de uma aeronave em Santo Antônio de Leverger (MT). Na ocasião, o avião sofreu uma falha e capotou na pista. Apesar da gravidade, o piloto escapou sem ferimentos graves.
A morte de Alexandre deixa consternada a comunidade aeronáutica e os colegas de profissão, especialmente no setor agrícola, onde ele era considerado um dos mais experientes profissionais em operação com aviões pulverizadores.