Moradores de Regente Feijó têm expressado insatisfação com o atendimento prestado nas unidades de saúde do município as ESFs, principalmente em casos considerados de urgência. Vários relatos chegaram ao Portal Oeste Cidade, após repercussão nas redes sociais Facebook na página Fala Regente, pedindo esclarecimentos da prefeitura sobre a situação.
Um dos casos que mais chamou atenção foi o de Jéssica Silva, gestante e gripada, que buscou atendimento em uma ESF. Segundo ela, foi informada que não poderia ser atendida sem agendamento prévio e que deveria procurar diretamente o hospital. “Disseram que só com horário marcado. Eu estava grávida, passando mal e mesmo assim não quiseram me atender”, afirmou.
Além de Jéssica, outros moradores também vieram a público para denunciar problemas semelhantes. Rosimeire Cancian relatou que está aguardando há dias por um exame de raio-X após sofrer uma fratura no dedo, mas ainda não conseguiu uma vaga para realizar o procedimento no Hospital Regional. “Estou com dor e não consigo o exame. Me mandam aguardar”, contou.
Outro relato foi feito por Char Silva, que tentou atendimento para sua neta de apenas dois meses, também gripada. “Fomos ao posto, mas disseram que não podiam atender urgência. Como pode uma bebê ser recusada?”, questionou.
Nas redes sociais, as postagens e desabafos sobre o sistema de saúde da cidade têm ganhado repercussão. A maior parte das reclamações se refere à recusa de atendimento em postos de saúde e à superlotação do hospital municipal, o que tem gerado indignação na população.
📢 O que diz a Prefeitura
Em nota enviada ao Portal Oeste Cidade, a Prefeitura de Regente Feijó, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informou que alterações no funcionamento das unidades da Estratégia Saúde da Família (ESF) foram realizadas em cumprimento a uma Portaria do Ministério da Saúde. O objetivo, segundo a administração municipal, é reorganizar o atendimento nas unidades básicas, garantir maior eficiência no fluxo de pacientes e adequar os serviços às novas diretrizes da atenção primária.
A nota esclarece que atendimentos de urgência — como dor aguda, mal-estar e outras situações emergenciais — devem continuar sendo realizados normalmente nas unidades de saúde. Já os procedimentos eletivos, como consultas de rotina, exames e acompanhamentos, precisam ser agendados previamente.
A Prefeitura afirma que a reorganização busca evitar superlotação e longas esperas, otimizando os recursos disponíveis. Contudo, reconhece os desafios enfrentados durante essa transição e garante que está monitorando os impactos para realizar ajustes e evitar prejuízos à população.
A administração municipal também reafirmou seu compromisso com a qualidade dos serviços públicos, a transparência e o diálogo com os cidadãos, além de prometer reforçar a comunicação com os usuários do sistema de saúde para esclarecer dúvidas e melhorar os fluxos de atendimento.
Por fim, a Prefeitura informa que para vacinação não é necessário agendamento. Basta que o cidadão se dirija à unidade de saúde mais próxima para receber as doses disponíveis.